Estrutura
Seguem os problemas no prédio da Coordenadoria Regional da Saúde
Estrutura é considerada inadequada pela própria coordenadora, que informou estar em busca de um novo espaço
Carlos Queiroz -
(Fotos: Carlos Queiróz - DP)
Persistem os problemas estruturais no prédio da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). As dificuldades passadas motivaram diversas visitas do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul (Sintergs), que também esteve ontem no local conversando com servidores. A coordenadoria é responsável por 22 municípios da região aos quais distribui vacinas, medicamentos e alimentos. A coordenadora regional, Rôde Laco Gonçalves Hartwig, também considera a estrutura inadequada e informou que busca um novo espaço.
Desde o final de março, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) realizou algumas ações no prédio, como uma desratização e a contratação de uma equipe de limpeza. O local estava sem condições "higiênico-sanitárias", conforme documento assinado por 23 trabalhadores da coordenadoria. Até mesmo fezes de rato foram encontradas na sala de vacinas, relataram servidores, que preferem não ser identificados.
O diretor-presidente do Sintergs, Nelcir André Varnier, informou que o sindicato pretende fazer, nos próximos dias, uma visita técnica com um engenheiro em segurança do trabalho para avaliar as condições do prédio e do cotidiano dos trabalhadores. Para isso, o sindicato precisa de uma autorização da coordenadoria.
Na sala onde ficam armazenadas as vacinas, um ar-condicionado antigo precisa ficar ligado 24 horas por dia para manter temperaturas baixas. A medida foi tomada por servidores para caso de queda de luz, o ambiente fechado mantenha a peça resfriada por mais tempo. O prédio não possui gerador de energia e, em caso de desabastecimento, tanto os refrigeradores como as câmaras frias permaneceriam desligadas até a normalização do serviço, o que pode significar a perda de todo o material, avaliado em mais de R$ 200 mil.
As responsáveis pela distribuição das vacinas para todos os 22 municípios trabalham numa sala sem janela e com pouca ventilação. A coordenadora diz que elas "estão lá porque querem". Numa das paredes, a reprodução de uma janela em um adesivo foi colada à parede branca. Uma ironia com a situação.
Os problemas também estão no almoxarifado, onde estão armazenados alimentos como leite em pó e sucos. Conforme servidores, os produtos deveriam estar condicionados a uma temperatura máxima de 30ºC. Durante o verão, um termômetro registrou 47ºC na sala, coberta apenas por um telhado de zinco e com goteiras em dias de chuva.
"Querem trabalhar num hotel 10 estrelas?"
A coordenadora regional, Rôde Hartwig, acredita que as reclamações tratam-se de questões políticas contrárias ao governo. "Querem trabalhar num hotel de dez estrelas?" questiona. Ela nega que tenham sido encontrados roedores no prédio, diferentemente de diversos relatos de servidores. Em alguns pontos foram instaladas armadilhas para caçar os roedores. Sobre a situação do almoxarifado, Rôde compara com a situação de outros municípios, semelhante em condições precárias.
A respeito da falta de gerador, ela diz que nunca faltou luz no prédio para que fosse necessário adquirir o equipamento. "Estamos fazendo de tudo e os funcionários não colaboram", critica os colegas. As alternativas apresentadas pela coordenadora seriam a busca por um novo prédio, com salas adequadas, ou que o atual proprietário faça algo pela atual estrutura, que é alugada.
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